"Seu animal pode estar com diabetes" por Dra. Anna Maria Schnabel
Diabetes Mellitus
”Dra., meu animalzinho
bebe muita água, a quantidade de urina é muito grande, os olhos estão
esbranquiçados e mesmo comendo muito ele emagreceu, o que está acontecendo com
ele?” A resposta é: seu animal pode estar com Diabetes!
Esta doença é
caracterizada por alterações metabólicas no organismo do animal decorrentes da
deficiência ou insuficiência na produção de insulina pelas células beta do
pâncreas.
A deficiência causa um
aumento dos níveis de glicose no sangue e por consequência, o paciente
apresenta aumento na ingestão de comida e de água, aumento na produção de urina
e perda de peso.
Muitos são os fatores
que predispõe o animal a se tornar diabético. Podemos citar o fator genético,
administração sem a supervisão de um médico veterinário de medicações que
aumentam os índices glicêmicos como corticóides, hormônio do crescimento e
progesterona, infecções virais, doenças autoimunes, pancreatite, aumento nos
índices de colesterol e triglicérides e principalmente a obesidade.
A diabetes também pode
ser secundária a outras doenças hormonais como hiperadrenocorticismo e
hipotireoidismo.
Alguns animais
apresentam catarata avançada, problemas dermatológicos que curam
temporariamente mediante tratamento, mas acabam recidivando, infecções de
ouvido, e alguns proprietários observam a urina bem clarinha ou transparente,
pegajosa e com aglomeração de formigas por conta da presença de açúcar.
Um simples exame de
glicemia já é suficiente para suspeitarmos de diabetes, confirmando o diagnóstico
com os sinais e sintomas clínicos e com alguns exames complementares.
O tratamento baseia-se
em dieta restrita, com horário e quantidade certa de alimento e principalmente
na aplicação de insulina diariamente, reduzindo assim os índices glicêmicos e evitando
consequências graves da hiperglicemia, como problemas renais, cardíacos,
pancreáticos, hepáticos, infecções e cetoacidose diabética.
A partir de então, o
animal passa a ser totalmente dependente de seu proprietário, devendo ser
acompanhado regularmente por um médico veterinário especializado em
endocrinologia e metabologia.
Isso não impede que
ele passeie, brinque, vá ao petshop ou viaje: desde que sempre bem monitorado e
acompanhado de sua dieta específica e de sua insulina.
Dra. Anna Maria Schnabel
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